Sentada, vejo as horas passarem. Chego, sento e recepciono. Recepciono emoções, reclamações e dúvidas. Chego e já começo. Sento, encontro chaves, palavras esperadas e ligo a televisão. Sento, ouço piadas, conversas e reclamações. Manhã e tarde, sou alicerce, sou base e sou colocações. Em meio ao entra e sai de tantas pessoas, sou quem sempre está ali. Vou e sempre volto ao mesmo local. Sou a pessoa que cobra, a pessoa que entrega, a pessoa que só espera o fim para receber de novo. Sou pessoa desconhecida, conheço e reconheço todos, mas quem sou eu? Sou pessoa que espera, sustenta e comenta. Enquanto ninguém vê, sou pessoa normal, assisto TV, leio notícias e rio de algo bobo. Em pouco tempo, me transformo e volto a ser a pessoa que sou. Eu sou quem sou, sou recepcionista, sou secretária. Sou quem menos vê, menos fala e mais sabe. Sou apenas quem deveria ser e isso faz com que eu seja essencial.
Estudante do 4° ano de Jornalismo da UEPG. Participo do Cultura Plural desde 2015. Aluno bolsista do projeto desde 2016. Gosto de fotografia e de jornalismo cultural. Tenho 22 anos. Atualmente integro o Conselho Municipal de Política Cultural na cadeira de 'Artes Populares'.
