Da esquerda para direita, o mediador Hélcio Kovaleski, o professor do Mestrado em Linguagem Fábio Augusto Stayer, a professora de Mestrado em Jornalismo Karina Woitowicz e a professora da Faculdade Secal Luciane Navarro. Foto: Renato Valenga
Por Ana Luisa Vaguetti
As contribuições do escritor Umberto Eco para as áreas de mídia e cultura foi tema da palestra realizada pelo Mestrado em Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa e Faculdade Secal. O evento aconteceu na noite da quarta-feira (11) e foi uma forma de homenagem póstuma ao filósofo, semiólogo e linguista italiano. Umberto Eco, falecido em 19 de fevereiro de 2016, foi reconhecido por obras como: Número Zero, O Nome da Rosa, Diário Mínimo, Obra Aberta, O Pêndulo de Foucault, Apocalípticos e Integrados, entre outras.
Para o estudante do 3º ano de Jornalismo da Faculdade Secal, Igor Baggio, é de extrema importância trazer especialistas que realizem o debate e colaborem com a parceria entre os dois cursos. “O painel trouxe assuntos muitos reais, que permitem associar os estudos de Umberto Eco com o cenário político atual”, explica. Foi discutido o alcance das diversas áreas pelo escritor, além da pluralidade que Umberto sempre conquistou. “Eco é um autor que trouxe muita contribuição, teve e tem um alcance espetacular até hoje”, afirma o palestrante e professor do Mestrado em Linguagem da UEPG, Fábio Augusto Steyer.
O painel discutiu o conceito de interpretação do linguista, a partir das noções de autor, texto e leitor. Para a painelista e professora do Mestrado em Jornalismo da UEPG, Karina Woitowicz, o escritor sempre afirmou que existe uma liberdade no processo de interpretação, pois se deve valorizar a variação de sentidos e significados atribuídos pelo leitor. “A mídia é um espaço privilegiado para pensar a interpretação, sempre propõe uma interpretação da realidade”, afirma.
O painel trouxe uma breve caracterização do livro Número Zero, em que a professora da Faculdade Secal, Luciane Nevarro, ressaltou as contribuições da obra e pensou a interpretação na perspectiva do jornalismo. “Discutir Umberto Eco é importante na construção da notícia, conforme a ideia de autor, leitor e texto para se pensar todos os elementos e as formas possíveis de leitura”, explica.
O evento é a primeira edição do projeto ‘Diálogos, Mídia, Cultura e Interpretação’, que busca trazer discussão de outras referências intelectuais. Para a professora de Jornalismo da Secal, Ligiane Malfatti, o projeto idealizado pelo Mestrado em Jornalismo da UEPG busca incentivar em âmbito geral uma discussão entre mestrandos, especialistas e graduandos. Umberto Eco ficou conhecido como um grande responsável pelos estudos interdisciplinares e as diversas contribuições para a comunicação e a cultura.
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Estudante do 4° ano de Jornalismo da UEPG. Participo do Cultura Plural desde 2015. Aluno bolsista do projeto desde 2016. Gosto de fotografia e de jornalismo cultural. Tenho 22 anos. Atualmente integro o Conselho Municipal de Política Cultural na cadeira de 'Artes Populares'.