Por Melissa Moura
Talvez elabore uma lista, coisas que gostaria de fazer, que sempre quis fazer e agora acredita que pode com um novo ano. E se entusiasma a procura de aventura. Talvez seja um modo de querer aproveitar as possíveis férias, talvez em busca de novas histórias. Um mês de muita expectativa, pouca ação. Colocamos todas as nossas expectativas apenas em janeiro. Coitado de janeiro, por que ele tem que pagar por tudo que alguém não fez o ano inteiro? O tempo voa, logo chega fevereiro. Quando se percebe, o que se fez realmente foi descansar o mês inteiro. Algumas festas, visita na casa da avó, talvez uma viagem. Festa. Tradição não modificada por nada. Uma casa, um bolo caseiro que a mãe fez com carinho, algo um pouco mais elaborado. Salgados, docinhos e sorrisos. Rostos conhecidos, pessoas que participaram da vida em diferentes momentos. Cada um, uma particularidade, mas o mesmo carinho. Ah, janeiro! Se soubesse que te espero o ano inteiro, que essa tradição é a que mais me agrada. Talvez um dia ali estejam novas pessoas que eu ainda vá conhecer. A tradição vai agregando pessoas, algumas se perdem, mas a intenção boa é maior que a simplicidade desse dia de janeiro. Talvez, o que conte de janeiro, não seja um depósito de tristeza por perder as oportunidades de realizar toda a lista, mas a simplicidade de um mês de descanso, mês de realizar histórias que podem não parecer extraordinárias. Histórias que dependem de um olhar que vê o extraordinário no simples parabéns de um aniversário.