Por Lucas Boamorte
Com início no dia 30 de março, o Festival Teatro e Circo em Festa, realizado pela Fundação Municipal de Cultura e pelo SESC Paraná, ofereceu espetáculos e oficinas para o público interessado no último final de semana. No domingo, dia 3, o evento recebeu a peça “Súplicas”, do Paré Grupo de Teatro, de Ponta Grossa, que conta a história da “santinha dos Campos Gerais”, Corina Portugal, assassinada pelo marido no final do século XIX.
Em sua oitava edição, o festival tem como iniciativa apoiar os grupos de teatros da cidade e popularizar a arte. Ao todo, participam do evento duas companhias curitibanas e cinco grupos ponta-grossenses, com espetáculos de diferentes gêneros. A data de realização remete à proximidade com o Dia Internacional do Teatro e o Dia Nacional do Circo, ambos comemorados em 27 de março.
O público lotou as cadeiras do auditório ‘B’ do Cine-Teatro Ópera, garantindo retorno aos grupos de teatro, que ficaram com a bilheteria. Assessor da Fundação de Cultura, Eduardo Godoy explica que uma das intenções, além de impulsionar o teatro local, é formar público. “Apoiar as companhias locais é importante para popularizar o teatro na cidade e expandir o público”, comenta.
As motivações que levaram o público ao teatro na noite de domingo são distintas. Alguns estavam lá para prestigiar amigos, que fazem parte do elenco, outros pela admiração à história de Corina, e também há aqueles que até então não tinham contato com o teatro.
Presente pela primeira vez, Matheus Philipini estava lá por dois motivos: prestigiar amigos e assistir uma peça de teatro. De acordo com Matheus, sua expectativa era alta, por conta da curiosidade e por estar começando a ter conato com as artes cênicas. “Eu sou um apaixonado por circo, teatro e circo são coisas muito próximas”, afirma.
A peça “Súplicas” corre com a apresentação em dois planos e tem uma hora de duração. Ao contar a história de Corina Portugal, a peça mostra como eram os comportamentos de homens e mulheres. Corina, sendo uma pessoa de fé, revela-se submissa ao marido, que acaba por assassiná-la.
Intérprete de Alfredo Marques de Campos, marido de Corina, Roberto Siemieniaco conta que escolher essa personagem foi uma opção certa para a popularização do “Grupo Paré”, pois trata-se de um ícone no imaginário dos Campos gerais. De acordo com Roberto, essa é a quarta vez que eles se apresentam, e todas são diferentes, ou seja, a evolução é constante. “Essa peça, até o Fenata, não tinha a trilha que usamos hoje, e os planos de iluminação são diferentes”, conta.