Por Nicolas Rutts
Localizado ao lado do Conservatório Maestro Paulino, o Circo Di Sarah realiza espetáculos diários, com apresentações como dança aérea, globo da morte e personagens infantis. Nesta quarta-feira (01), a apresentação teve uma média de 1h40 de duração e contou com uma plateia parcialmente cheia.
As atrações são voltadas mais para o público infantil, conta Aldair, 39, dono do circo. Segundo ele, o circo tem sete anos, está na quarta geração e faz parte de mais cinco circos, um de cada irmão. O circo nunca trabalhou com animais, trazendo apenas atrações artísticas. O dono do circo ainda conta que todo o trabalho é feito entre a própria família e que a permanência em cada cidade é de 10 dias, em média.
Alexandre, 34, está no circo há três anos e trabalha com luz, som, propaganda e apresentações. Assim como todos do grupo, uma média de 25 pessoas, ele mora com a família num trailer. Ele conta sobre a praticidade do trailer e considera diferente e boa a rotina e o modo de viver no circo.
Assim como Alexandre, Bruno, 27, já trabalhou em diversos circos. Ele diz que se trata de uma profissão totalmente diferente e esclarece sobre sua rotina. “As pessoas acham que nós do circo passamos o dia tranquilos e trabalhamos à noite, mas na verdade a gente acorda às sete da manhã”, relata. Bruno ainda destaca a vantagem de se conhecer muitos lugares e as oportunidades que a profissão proporciona.
Entre as atrações, o espetáculo conta com a presença de palhaços, artistas, show de motos e da participação do próprio público. Há também a venda de doces, salgados, balões e brinquedos. Isaura Torres, 31, nasceu dentro do circo e afirma: “quem nasce no circo não tem sangue, tem serragem”, referindo-se ao amor e vínculo de quem está ali. Ela se apresenta na Lira Espacial, mas assim como os demais ajuda em outras funções como a venda de produtos. “Circos grandes dizem que o contato com o público denigre o artista, mas eu gosto”, conta a artista enquanto vende doces.
O casal Marcio e Caroline, que foi pela primeira vez ao circo, reconhece a importância desta manifestação para o cenário cultural da cidade. Eles dizem estar satisfeitos com todo o espetáculo, apesar do conteúdo mais voltado ao público infantil.