Por Amanda Stafin
Ação coordenada por projeto de extensão de Serviço Social decora a Praça Santos Andrade
Por Amanda Stafin e Fabrício Zvir
No dia 15 de maio, o campus central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) ganhou novas cores e significados. Flores de EVA, confeccionadas por estudantes e profissionais do Serviço Social, transformaram o espaço em um jardim simbólico, chamando a atenção para o enfrentamento às violências contra crianças e adolescentes. A iniciativa integra as ações do Maio Laranja, mês dedicado à conscientização e combate a diferentes formas de violência que atingem esse público.
Flor é usada como símbolo para associar a fragilidade da infância. Foto: Amanda Stafin
A construção do jardim foi promovida pelo Núcleo de Estudos, Pesquisa, Extensão e Assessoria sobre Infância e Adolescência (NEPIA), em parceria com o curso de Serviço Social da UEPG. A atividade fez parte da programação da 9ª Semana de Enfrentamento às Violências Contra Crianças e Adolescentes, que também mobilizou estudantes, professores, profissionais do Direito e membros da comunidade em oficinas, rodas de conversa e ações educativas e culturais.
Danuta Cantoia, professora do curso de Serviço Social da UEPG e organizadora da Semana de Enfrentamento às Violências contra Crianças e Adolescentes, ressalta a necessidade de fortalecer as políticas públicas voltadas à infância. “Ponta Grossa tem estruturas básicas de atendimento, mas ainda assim necessita da ampliação de serviços que atendam às demandas de proteção às crianças e adolescentes. É fundamental que toda a rede de atendimento esteja preparada para acolher, ouvir e garantir os direitos dessas vítimas”, afirma. Ela encerra destacando que campanhas como o Maio Laranja são essenciais para sensibilizar a sociedade e cobrar a efetivação desses serviços de forma contínua.
Além da construção do jardim, a campanha buscou dar visibilidade ao trabalho de órgãos como os Conselhos Tutelares, o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) e a Comissão Municipal de Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes. “São órgãos que atuam no atendimento, e precisam ser fortalecidos para dar conta da complexidade dessas situações”, completa Danuta.
De acordo com a assistente social do NEPIA, Emilly Pinheiro, a maior parte dos sinais que o menor demonstra quando passa por uma situação de violência são emocionais. “É uma forma da criança ou do adolescente se sentir pertencente ao próprio corpo”, completa. Luiz Stelle, também assistente social do NEPIA, destaca as ações realizadas pelo projeto de extensão na Semana de Enfrentamento. “A mobilização no município serve para observar que realmente existem essas violências aqui em Ponta Grossa e como a gente pode proteger essas vítimas”, pondera.
A Semana de Enfrentamento às Violências Contra Crianças e Adolescentes iniciou as atividades no dia 7 e segue com programação até 21 de maio. Entre as atividades estão caminhadas, oficinas, palestras, rodas de conversa e apresentações de artigos. As ações buscam mobilizar a comunidade acadêmica e a sociedade para a prevenção e combate à violência infantojuvenil.