Por Matheus Gaston
02 de setembro de 1957 – dia que marca a produção da primeira Kombi em território brasileiro. Desde então, o veículo se tornou uma paixão nacional, recebendo diversos apelidos, dentre eles: “queridinha do Brasil”. Ao reconhecerem toda essa fama que o utilitário ainda tem no país, alguns amigos resolveram comemorar a data de uma forma especial.
Apesar do domingo chuvoso e com temperaturas relativamente baixas, muita gente saiu de casa para participar do 1º Dia Nacional da Kombi em Ponta Grossa. O evento foi realizado no estacionamento de um hipermercado no bairro Nova Rússia e contou com a participação de mais de 50 expositores.
A iniciativa foi do Kombissauros, grupo da cidade com mais de 40 membros, que tem a Kombi como uma grande paixão. A proposta de trazer o Dia Nacional da Kombi, evento que é comemorado em diversas cidades do país, para Ponta Grossa, foi de dar maior visibilidade à “queridinha do Brasil”: “Tem o pessoal dos Fuscas, das Brasílias, dos Opalas… A gente sentia a falta de algo voltado para a Kombi na cidade, então resolvemos fazer um evento só para elas”, conta Ricardo Demetrechen, um dos organizadores do 1º DNK.
Apesar de ter Kombi no nome, outros carros antigos, como o Fusca e o Opala, marcaram presença no evento. Além de proporcionar ao público momentos de nostalgia, a exposição também tem cunho beneficente. Para participar do evento, cada expositor teve que doar 1 litro de leite e 1 quilo de alimento não perecível. Toda doação arrecadada será destinada a um projeto social de uma igreja da cidade.
Boa parte dos expositores já tem seus veículos há anos, mas para alguns o carro antigo ainda é uma novidade. Diana Deina, que trabalha em uma barbearia, é dona do fusquinha Bumblebee, nome escolhido em homenagem ao personagem do filme Transformers. Ela comprou o carro há três meses e conta que realizou um sonho: “Eu sempre quis ter um fusca amarelo pois meu avô tinha um. Quando eu vi esse, não resisti e comprei. Agora ele é meu xodozinho!”, diz.
Há para quem a imersão no mundo dos carros antigos tenha começado não como uma paixão, mas sim como um susto. Esse é o caso de Kethlyn Pinheiro, estudante de Pedagogia, e seu esposo. Há quatro anos o casal ganhou um Fusca de presente, mas quando resolveram dar uma volta com o veículo, algo inesperado aconteceu: o chassi se partiu ao meio. Tal acontecimento fez com que o marido da estudante reformasse o carro por conta própria. Hoje já são dois Fuscas na garagem do casal, que ainda deseja adquirir outros carros: “Dois Opalas, mais uma Kombi, fora nossos dois Fuscas… Resumindo: vamos precisar de uma garagem bem grande”, revela Kethlyn, sobre a admiração da família por automóveis antigos.
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