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No 25° Dia Mundial do Livro, a leitura é um dos principais refúgios durante o período de quarentena
Por Bruna Kosmenko
Foto: Lucas Pereira.Nesta quinta-feira, 23, celebra-se o Dia Mundial do Livro promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). As limitações devido à pandemia de Covid-19, com a exigência da quarentena por tempo indeterminado, destacam a importância da leitura e dos livros neste período.
O isolamento social pode servir como uma oportunidade e motivação para melhorar os hábitos de leitura com a dedicação à literatura. Com os decretos estaduais e municipais que obrigam as livrarias a manterem as portas, parcialmente, fechadas e a importância de nos mantermos em casa, a saída tem sido a busca por leitura online.
Os projetos de incentivo à leitura, neste período, se programam para manter as rodas de leituras online, destacando a necessidade dos livros neste período: “Nesta quarentena as pessoas estão redescobrindo ou descobrindo que o livro e a leitura podem ser companheiros neste momento de isolamento social. Pela capacidade da leitura de levar a gente para outras visões, ela é uma das formas que temos de ‘sair de casa'”, afirma uma das mediadoras do Clube de Leitura Pássaro Liberto, Ana Istschuk.
A leitora ainda comenta que a literatura é um espaço de coletividade e, por isso, o Clube continua promovendo essa coletividade, agora, de forma online. O Projeto Pássaro Liberto lançou um cronograma de rodas de leitura online, via Skype, desde o início de abril, nas segundas, quartas e sextas-feiras, às 21h, com duração média de uma hora. O Clube de Leitura Leia Mulheres-PG tem seu primeiro encontro para leituras online no próximo sábado, 25, às 14h, para conversar sobre o livro ‘A hora da estrela’, da escritora naturalizada brasileira Clarice Lispector. A estudante de Letras – Português/Espanhol da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Emely Sloniak, destaca que a leitura serve como um refúgio, principalmente neste momento: “A leitura tem sido a minha fuga da realidade que estamos vivenciando. Sempre tive o hábito de ler, porém em momentos como este, ajuda a amenizar a ansiedade e inseguranças quanto ao futuro”. Ainda, como estudante da literatura, a acadêmica explica que a leitura, desde os primórdios, é um refúgio da vida real e se nos mantermos presos apenas às leituras de notícias desastrosas podemos adoecer: “É importante a busca por viagens em um mundo alternativo para cuidarmos não só do hábito de leitura mas, também, da saúde mental neste momento”. O Dia Mundial do Livro é comemorado desde 1996, por decisão da UNESCO, no dia 23 de abril, que coincide com a morte dos escritores William Shakespeare e Miguel Cervantes.
Bruna Kosmenko
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