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“Hoje é dia de Rock” envolve o público a partir da música
Teatro de Comédia do Paraná reúne canções e dança no quarto dia do Festival
Por Cultura Plural
"A obra é composta por 14 atores que contracenam num palco com objetos vintage, cadeiras, mesas e um piano ao fundo que puxa o ritmo musical"
Foto: Ana Istschuke Alexsander Marques Sobrinho
Na noite desse sábado (7), o Cine Teatro Ópera recebeu o Teatro de Comédia do Paraná com a peça “Hoje é dia de Rock”. A apresentação faz parte do quarto dia do Festival de Teatro e Circo que está acontecendo na cidade de Ponta Grossa. É a primeira vez que a peça é exibida na cidade.
O espetáculo possui textos de José Vicente, um dos ícones da contracultura brasileira, e direção, figurino e cenografia de Gabriel Villela, conhecido por sua teatralidade barroca com fortes traços de brasilidade em suas peças. A obra conta a história de uma família mineira do interior com cinco filhos e problemas familiares. Seus medos e sonhos são o contexto da obra em uma comédia em que a plateia ri com facilidade.
A obra é composta por 14 atores que contracenam num palco com objetos vintage, cadeiras, mesas e um piano ao fundo que puxa o ritmo musical e às vezes melancólico na história. As trilhas vão de Milton Nascimento com San Vicente, passando pela música caipira de Minas Gerais, chegando ao rock dos Beatles com Let it be e terminado com Maria Rita. A música da cantora trata de encontros e despedidas, o que confere coerência à peça em que os protagonistas saem de sua cidade de origem em busca de seus sonhos ou por imposições.
Além das canções, a narrativa desenrola-se com crônicas, poemas e alguns momentos de sapateados. A peça envolve a plateia ao mesmo tempo que provoca encanto com o restante do cenário. Segundo o ator ponta-grossense Mackaulen Tavares (26), “apesar de não ter tanta dança, o sapateado veio para complementar o conjunto como um todo”.
O cenário é formado por um grande telão ao fundo que vai mudando conforme a passagem da história e da luz. O figurino dos atores com tons dourados remete às obras do grande entalhador, escultor e arquiteto Aleijadinho que viveu entre os séculos XVIII e XIX no estado de Minas Gerais.
A peça foi bem recebida pelo público, como enfatiza a professora Larissa Lemos (26). “Achei incrível a peça, é a primeira vez que venho ao festival, é excelente para incentivar o teatro, um evento que está acontecendo para abranger mais a cultura”.
A questão do sexo e da nudez na peça é retratada com sutileza. “A nudez é tratada de uma forma poética, de uma forma singela e nunca sofremos nenhuma crítica das pessoas por este tema, as pessoas compreendem o porquê dela”, revela o ator Pedro Inoue (26).
O grupo está viajando com a peça por vários lugares do país. A próxima apresentação será dia 11 de abril no Cine Teatro Fênix em Apucarana. A peça é de 2017 e, neste ano, realizou a segunda temporada por Curitiba, logo após esteve no Teatro Ipanema no Rio de Janeiro e na semana passada em apresentação no Festival de Teatro de Curitiba.
O Festival de Teatro e Circo continua nesse domingo (8), às 17 horas, no Parque Ambiental, com a peça “Números” da Cia. Os palhaços da rua, de Londrina. As apresentações vão até o dia 13. Confira a programação completa em: https://www.facebook.com/
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