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Fórum de Cultura debate incentivo a artistas locais
No segundo dia de atividades, a discussão envolveu o setor musical e definiu diretrizes para os próximos anos
Fórum de Cultura debateu as diretrizes musicais da cidade de Ponta Grossa
Foto: João Guilherme CastroO Fórum Municipal de Cultura, que segue até o dia 3 de junho, abordou o cenário musical de Ponta Grossa no segundo dia de discussões, nesta terça-feira (31).
Entre os principais temas debatidos estão o Festival de Música de Ponta Grossa, que acontece de 10 a 19 de junho, a descentralização da cultura e o aumento de manifestações culturais nas periferias. Mais uma vez, a discussão sobre o espaço para ópera no plano de cultura foi adiada para a plenária final, que acontece na próxima sexta-feira.
O debate trouxe o questionamento sobre a classificação da ópera como arte cênica ou musical. Pela classificação da Fundação Nacional de Artes (Funarte), do Ministério da Cultura, ela é considerada integrante das artes cênicas. No Fórum de Cultura, foi retirada da discussão de segunda-feira (30) sobre as artes cênicas, para retornar no dia seguinte, quando estava em pauta o segmento da música. Entretanto, não foi acordado entre a plenária em qual diretriz a ópera se enquadra, o que deve render outros debates até a formulação final do plano para o município.
Um dos temas que também ganhou destaque foi sobre a obrigatoriedade de espetáculos de grande porte realizados em Ponta Grossa terem como show de abertura uma banda local, de modo a incentivar a produção cultural.
A descentralização da cultura, com a oferta de apresentações musicais para as periferias da cidade, também foi discutida. Foi incluída no documento, que deve orientar as ações culturais nos próximos 10 anos, a proposta de‘pocket-shows’ em espaços alternativos da cidade, como escolas, restaurantes, praças, presídios e etc.
Ismael Gueg, do movimento hip-hop, destaca a importância de descentralização da cultura. “A música em si não tem lugares apropriados. A periferia de Ponta Grossa é carente de cultura, não apenas na música, mas em todos os gêneros”, diz.
Gueg espera que com este fórum as periferias possam ter melhores espaços e melhor infraestrutura na área cultural. “Ouvir uma rádio ou uma música no celular é bom, mas ter um evento onde você pode encontrar seus amigos e poder fazer com que isso tenha uma constância vai abrir portas”. Para ele, as músicas dos artistas da periferia precisam ser conhecidas, o que significa criar condições além do centro da cidade.
Nesta quarta-feira, os participantes do Fórum Municipal de Cultura discutem o segmento de artes visuais. O evento começa às 19h no auditório da PROEX.
João Guilherme Castro
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